Hayley acordou naquele dia morrendo de dor de cabeça. Tinha tido uma noite dos infernos e ainda não havia esquecido dos maus bocados que ela passou (também, quem dera não é?). Estava apaixonada por aquele garoto e um segundo depois tudo havia desmoronado. Tinha de levantar, já estava mais do que na hora de se arrumar pra ir à escola, mesmo não querendo. "Hoje é teste, que droga!", conferiu em sua agenda, felizmente, sempre foi muito boa em Matemática, uma das melhores da turma, então não teria muitos problemas. Ela se ajeitou, vagarosamente. Tomou banho, café da manha, vestiu a roupa e seguiu rumo ao lugar onde sempre passava o ônibus escolar. Mas o ônibus acabara de sair, só cinco minutos de atrazo foram suficientes para que isso acontecesse. O que fazer então? Ir a pé.
Enquanto caminhava pelas pacatas ruas de Franklin, Hayley pensava em tudo de ruim que já havia enfrentado desde que se mudou pra aquela cidade. É claro que tinha tido bons momentos também, mas a verdade é que eles nunca vêm a tona quando passamos por algo ruim, parece que tudo que já deu errado na vida vêm a mente, e ela se sentia no fundo do poço. Depois de passar por três quarteirões e dobrar a direita uma vez e a esquerda duas vezes e chegar ao seu destino, ela agora passava pelo extenso corredor principal da sua escola e entrava em sua sala, mais de quinze minutos atrasada e interrompe a explicação do professor de Geografia, "que se dane". Sentou-se. O professor teve até medo de reclamar alguma coisa, Hayley não tava pra ninguém naquele dia.
Hayley não percebeu, mas Zac estava sentado do lado de fora da escola olhando pra ela. Viu a feição do seu rosto e logo concluiu: "ela entendeu o recado". Duas semanas atrás, depois da discussão que teve com Hayley ele se sentiu muito mal por ter dito aquelas coisas e resolveu que iria pedir desculpas, afinal, Hayley já fazia parte da vida dele e se ela estava apaixonada por William não poderia impedi-la. Zac foi até o local onde a Factory sempre ensaiava a procura da sua amiga, um prédio visinho à casa do William e, chegando lá, viu apenas o namorado dela conversando com outro cara da banda. Ele foi chegando mais perto e conseguiu ouvir a conversa:
- Ótimo, mas você acha que foi certo isso que você fez? Iludir uma garota só pra tirar ela dos Farro?
- Não tinha outra forma de trazer ela pra nossa banda, cara.
- Eu odeio isso! E se ela descobrir?
- Pelo menos não tem mais perigo dela voltar pra antiga banda dela, já que eles brigaram. Mas é claro que você não vai contar né?
- Se ela descobrir não vai ser por mim.
Já era o que ele esperava. "Hayley precisa saber disso", mas como contar a ela? Lembrou-se de um show que eles estavam planejando em Nashville, "só pode ser no Rocks Club!". Como tinha o número de telefone do lugar, teve um plano melhor e resolveu esperar. No dia da apresentação faria um telefonema secreto e desmascararia o vilão. Foi o que fez. No domingo pegou o número da agenda do Josh e ligou pra lá, sorte que a banda ainda não tinha se apresentado. O atendente disse que a garota estava se arrumando, mas Zac insistiu muito e ele foi chamá-la. Não é muito difícil contar uma noticia ruim pelo telefone, não pra que está contando. Zac quase conseguiu ver a expressão de confusão e tristeza no rosto da sua amiga, mas era assim que tinha de ser. Agora ao vê-la assim triste, ele se sentia meio que arrependido.
- O que ta fazendo sentado aí sozinho hein Zac?
- E aí Bob! Nada não, tava só pensando na vida.
- Que coisa de maricas! Ei, ta a fim de ir uma festa amanhã?
- Não, cara. Eu não to pra festas...
- Vamos meu! Você vai se animar, eu garanto!
- Não! Vou pra aula.
- O que deu em você hoje?
- Não enche.
27 de ago. de 2008
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4 comentários:
Mais um capitulo pra vocês, espero que gostem ;D
ah, e dessa ver não importa se só tiver uma pessoa lendo esse blog, eu vou continuar postando =]
Eu estou lendo!
eu tambem =D
vou estar sempre aki Marcos Paulo
xD
<3
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