2 de out. de 2008

Capitulo 30: A Man and a Woman

Era muito raro William deixar dominar-se por seus sentimentos. Mas dessa vez nem ele poderia segurar sua dor naqueles dias que se passaram desde a última vez que viu sua ex-namorada. O seu senso crítico o fazia questionar-se sobre o motivo da sua tristeza, ainda tinha uma vida toda pela frente... mas o seu coração, pelo menos dessa vez, falava mais alto. Hayley não era sua primeira namorada e com certeza não seria a última, porém foi a única com quem se identificou, sem dúvida ela era uma garota especial.
– Agora... está tudo perdido...– ficava repetindo isso a todo instante.
A noite de Nashville nunca sairia de sua mente. Aquele olhar angustiado e desesperado encarando-o com a maior expressão de ódio que já tinha visto. Arrepiou-se.
Enquanto desfrutava do doce silêncio da noite, William ouvia "A Man and a Woman" do U2, uma de suas bandas favoritas, pensando em todos os lindos momentos que havia passado junto da menina de labelos loiros, mesmo que, de início, não sentisse absolutamente nada por ela. "Sou o pior ser humano do mundo!" – pensava, enquanto o refrão da música tocava "I could never understand the mysterious distance between a man and a woman". Algumas lágrimas já rolavam de seus olhos, mas seu rosto permaneceu estático, não mechia nem um músculo, sentia apenas uma imensa dor por dentro.
– Não posso ficar assim!
Vestiu a sua jaqueta e saiu de casa no meio da noite. Seus pais estavam bêbados e dormindo no sofá, com certeza não perceberam quando o filho bateu a porta.
Naquele momento ele seguia para lugar nenhum. As ruas estavam desertas de gente. Passou pela Second Street, seguiu direto duas quadras dobrando a direita uma, duas vezes. Quando deu por si, estava em frente a casa de Hayley. Todas as luzes estavam apagadas, exceto uma, justamente a do quarto dela. William parou e ficou observando hipnotisado diante daquela janela que estava aberta.
– Uma hora ela vai aparecer pra fechar.
De repente ouve-se passos vindos do final da rua em sua direção. William olhou pra trás e tentou ver quem se aproximava. Era Zac! Caminhou até próximo de onde ele estava e também ficou olhando pra janela, em seguida encarou William e abriu um sorriso meio que de lado.
– É estranho você aqui a essa hora. O que quer? Será que ela não foi clara o suficiente quando disse que não queria mais você?
William não respondeu.
– Você está esperando que ela apareça na janela de repente e reparar em você? Entenda amigo, que ela nunca mais vai fechar aquela janela novamente.
– O que você está querendo dizer com isso?
Ouviu-se um grito vindo do interior da casa. William correu obstinado até a porta da frente que eventualmente estava aberta. Seguiu até o quarto de Hayley. Nem precisou girar a maçaneta, a porta estava entreaberta. Empurrou-a e entrou e para a sua surpresa e espanto, Hayley estava caída no chão sobre uma imensa poça se sangue. Ao se deparar com cena, William quase desmaiou, mas conseguiu firmar-se sobre os joelhos e rastejou até o corpo da sua amada que estava jogado. Viu que os olhos dela ainda estavam abertos, os mesmos olhos que o encararam a tanto tempo. Uma risada espantosa podia ser ouvida do lado de fora da casa, era o Zac, ao mesmo tempo gritava "William, William..."
– William! Acorda! Você acha que só porque é final de semana vai ficar dormindo até tarde? A grama não vai se aparar sozinha, sabia?
– Mãe, ainda bem que me acordou! Eu estava tendo um pesadelo terrível!
– O que houve, querido? Você está pálido!
Ele precisava muito contar o que estava sentindo, e essa era a hora mais oportuna.
– Eu fui um idiota com a Hayley. Fingi que gostava dela só pra trazê-la pra minha banda. Agora eu perdi tudo, tanto a banda, quanto ela. Eu estou enlouquecendo de tanto remorso!
– Já tentou pedir desculpas?
– Já, mas ela nem quis me ouvir.
– Sabe filho, eu e seu pai não somos ótimos exemplos com certeza. Eu sei que você já sofreu muito por nossa causa, nós bebemos muito e às vezes fazemos algumas coisas que depois nos arrependemos. A melhor maneira de se libertar disso que você está sentindo é com um pedido de desculpas sincero, mas espere a oportunidade certa. Sempre tem um momento em nossa vida que somos mais maleáveis.
– Certo, mas quando eu vou saber que esse momento chegou?
– Você vai saber. Agora levanta daí e vai fazer alguma coisa! Mente ocupada não pensa besteira, era o que meu pai sempre dizia.
– Falando nisso, cadê meu pai? – Mãe!! O que foi isso no seu braço?! Que mancha roxa é essa, não me diga que...
– Não! Foi só uma pancada na estante, só isso.
William jamais engoliria essa história. Por um momento pensou que aquele sonho poderia ser... – sentiu outro calafrio.
Seja o que for que tenha acontecido com sua mãe ele iria descobrir. Essa era uma de suas qualidades, a insistência. Nisso ele era bom.

4 comentários:

Marcos Paulo disse...

Adoro esses capitulos mais sombrios
shaushuashuasuh


espero que tenham gostado

;D

Anônimo disse...

mtoooooooo bommmmmmmmm num pareeeeeeeeeee com a fic pelo amor di G-zuiz ci não eu morro ta mtu boa a fic *__* e vc ta postando td dia eim? bom mininu!!!! heausehusaehau mtu bom mtu bom xD parabéns vc manda mtu bem

Maah disse...

todo diaa *-*
olha,sua sumidinha valeu apena
q
continue assim viu?
xP

ah,e não vá achando que soh tem 1 leitor não eiin
nun eskeçe di euu

Maah disse...

ah,e a propósito, eh Mari
o blogger comeu o i
:x
aksopakspa