– Mas e aí, como foi que sua mãe reagiu quando você contou aquela história do telefonema?
A pergunta do Jeremy foi tão inesperada que Hayley ficou sem saber o que dizer. Naquele momento eles já se dirigiam até o local onde aconteceria a batalha das bandas, no carro de um amigo. Faltavam apenas duas horas para começar o evento e todos os integrantes da Paramour estavam apreensivos, e discutiam sobre a performance no palco tentando desviar a mente do nervosismo. Mas Jeremy subitamente corta o assunto, lembrando-se do que acontecera a alguns dias.
– Não teve reação nenhuma porque... eu não contei.
– Você disse que ia contar! Mas por que fez isso? Você tem idéia do quanto isso é perigoso?!
– Eu sei, Jeremy. Eu sei. Mas você acha que eu estaria aqui hoje se tivesse contado? Francamente, do jeito que minha mãe é, nós, provavelmente estaríamos de viajem para o outro lado do planeta!
– É, mas mesmo assim...
– “Mesmo assim” nada! Eu ensaiei como uma condenada, dei tudo de mim por essa apresentação e não vou deixar que nada me impeça de fazer isso!
– Ei! Vocês dois! Da pra parar com esse blábláblá e olhar aqui um pouco? – interrompeu Zac, que vinha sentado no banco de trás do carro junto de Hayley e Jeremy, sendo que Josh vinha no banco da frente. – Será que esse pessoal vai pro show?
– Só se for o “Show da morte”, não é meu querido? Eu não sei se você percebeu, mas estamos em frente a um cemitério e aquelas pessoas estão acompanhadas de um caixão!
Todos caíram na gargalhada.
– Bastava ter dito “não”, Hayley!
– Olha só, estamos chegando perto! – dessa vez foi o Josh que falou.
Dentro de poucos minutos chegaram ao Centro de Entreterimento, era um prédio enorme e ficava quase fora dos limites da cidade. Era lá onde se realizavam quase todos os eventos importantes da cidade. Dessa vez eles poderiam dizer que nem parecia Franklin. O local estava repleto de pessoas e eles ficaram até um pouco nervosos ao ver a quantidade de bandas que iriam participar. Mas rapidamente recuperaram o ânimo ao encontrar Sr. Coll que parecia estar esperando por eles, e a mãe de Hayley que estava ao seu lado.
– Mãe! O que ta fazendo aqui?
– Ora, vim assistir a minha filhona se apresentar. Não posso?
– Claro que pode!... mãe, eu to tão nervosa! Veja só quantas bandas!
– Não fique assim, querida. Eu tenho certeza que vocês vão se dar bem! Todos vocês!
– E eu também – completou Sr. Coll. – Mas vamos entrando. Falta pouco para começar e vocês ainda precisam se inscrever na competição.
Todos foram levados até o local de inscrição que ficava atrás do palco. Ficaram esperando então em uma fila e aproveitaram para conhecer os outros competidores. Logo em seguida foram até uma sala para conversar com a equipe de som sobre os instrumentos da banda.
– Gente, é o seguinte: a bateria já está lá. As entradas para guitarra e baixo estão lá no palco e são muito fácil de achar. Quando forem se apresentar vocês mesmos plugam, o resto pode deixar com a gente.
– E o microfone vai estar regulado? – perguntou Hayley, já um pouco preocupada.
– Esse é o problema – respondeu um dos organizadores – não dá tempo de regular o microfone na voz de cada cantor. Então a gente vai deixar tudo neutro e vamos ajustando na medida que o pessoal for cantando. Você é a cantora, não é?
– Sou... mas são dois microfones.
– Infelizmente só temos um, sinto muito.
– E agora, Josh?
– Não precisa ficar nervosa, sem problema. A gente toca sim back, não faz mal. Eu já esperava por algo assim.
E ficaram esperando na enorme sala.
– Já sabem quantas bandas vão participar – perguntou um desconhecido, que, provavelmente, pertencia a alguma banda.
– Acho que são mais ou menos umas seis ou sete. – falou sem que ninguém tivesse perguntado ou respondido nada.
– Legal, legal. – respondeu Zac.
– Vocês são daqui mesmo?
– Menos Hayley. E você é de onde?
– De Clarksville, não é muito longe daqui. É uma pena que só tenham um microfone, não é?
– É sim, meu irmão faz back vocal.
– Hmm, sei... é... vou indo, a gente vai se apresentar primeiro. Boa sorte pra vocês.
– Pra você também.
Com mais ou menos trinta minutos de espera o evento começou que foi aberto pelo próprio Karl, que deu as honras. Logo depois começaram as apresentações.
– Josh, a gente quer assistir!
– Eu também, galera, mas não dá. É melhor a gente ficar aqui esperando
E ficaram esperando as quatro bandas terminarem, até o locutor anunciar a sua entrada. Josh, nem um pouco cerimonioso, disse logo:
– É... o momento chegou.
9 de out. de 2008
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2 comentários:
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Marcos Paulo adora deixar um suspensse -q
*_______________*
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