31 de out. de 2008

Capitulo 49: Mentiras, olhos castanhos e mãe

– Por que você está tão nervosa, querida? É só me contar o que aconteceu e de onde tirou esses arranhões e galos enormes.
“Só?!”
– Tá bem mãe, como eu sei que você vai descobrir tudo de qualquer jeito, eu vou contar logo toda a verdade... – “Pronto, lá vai!” – Eu caí do palco! Me espatifei no chão, me estatelei na frente de um monte de gente e paguei o maior mico da minha vida! Tá feliz agora em saber que eu sou um fracasso ambulante?
– Querida, todo mundo cai de vez em quando, é normal. Mas você tem que ser mais cuidadosa. Você sempre foi meio desequilibrada, no sentido literal da palavra, claro. Se lembra quando você foi andar de bicicleta pela primeira vez? Eu quase a vendi de tanta frustração! Você caia o tempo todo, meu Deus! Eu até te levei a um ortopedista pra saber se era algum problema nas suas pernas...
– Tá bom mãe. Já entendi.
– E teve aquela vez também que...
– Mãe, chega!
“Ai, que bom que ela caiu nessa. Tomara que não descubra tudo, como sempre faz. Pais são muito fáceis de enganar quando estão namorando, parece que ficam nas núvens! Bom, eu espero que os outros garotos tenham se saído tão bem quanto eu...”
Naquela manhã o tempo estava nublado e o clima encontrava-se como que abafado, naquele “calor sufocante”, que nada tem de quente se comparado a outros lugares mais distantes. Hayley que estava na sala, voltou ao seu quarto e pegou um livro, Laços de Ternura. Deitou-se na cama e foi ler um pouco.

...

Na casa de Jeremy, a coisa não estava tão calma assim e a mesma desculpa que sua amiga usou não colou nem um pouco, então a única alternativa seria contar a verdade. Sua mãe ficou extremamente furiosa, quase podia ver as baforadas de fumaça saindo das suas ventas!
– Mas que idéia essa! – disse ela. – Você não tem jeito, nunca me escuta! Eu devia dar uns bofetes em você, mas já está machucado o suficiente.
Jeremy não dizia uma palavra. Apenas ouvia sentado em uma poltrona na sala, enquanto sua mãe limpava a casa e gritava sermões. Seu pai também ouvira toda a conversa, ou pelo menos se suponha que tenha ouvido, pois sua atenção estava totalmente voltada para a televisão à sua frente. De vez em quando ele erguia o controle remoto para trocar de canal e aproveitava para olhar um pouco seu filho, com aqueles brilhantes olhos castanhos,deu uma piscadela e um sorriso meio que de lado. Sua mãe, que passava agora a espanar os móveis da sala olhava-o fixamente, como se fosse explodir a qualquer momento.
– A culpa foi toda sua, Jonas! – esse era o nome de seu pai. – Você poderia ter dado qualquer coisa de presente ao nosso filho, mas não! Tinha que ser um baixo! E se nosso filho tivesse morrido?! Você parece que não se importa nem um pouco... está me ouvindo, Jonas?!
– Claro que estou, você não pára e tagarelar um segundo. – reclamou ele. – Esse acidente não foi culpa de ninguém e também não há motivos para ficar tão desesperada. Nosso filho está aqui vivo, nós devíamos estar felizes com isso e não discutindo.
Jeremy sempre admirou a maneira com que seu pai falava, mesmo quando estava profundamente irritado, ele nunca alterava a voz e sempre falava a coisa certa na hora certa. Quem o visse pela primeira vez, julgaria ele como sendo um homem rude por causa de sua aparência. Era alto e gordo, meio careca, sua barba sempre mal tirada cobria uma cicatriz em seu queixo. Mas o que mais chamava atenção nele eram seus grades olhos castanhos, quase hipnotizantes. Foram eles que atraíram sua mãe quando eles se conheceram. Sempre conservava um ar sonhador e tinha uma paixão exacerbada por instrumentos de cordas, mesmo nunca tendo aprendido a tocar coisa alguma.
– Podemos parar com isso agora? – sugeriu ele
Sua mãe, como não tinha argumentos para contrapô-lo, continuou a limpar a casa, mas desta vez estava quieta e parecia distante em seus pensamentos. Olhou uma ou duas vezes para o marido talvez pensando em algo para dizer, mas preferiu não falar.
Jeremy continuava calado e sentado na poltrona tamborilando com os dedos na mesinha do telefone à sua direita. Ele prestava atenção a cada gesto que sua mãe fazia com o espanador. “De fato, – pensou ele. – se pudesse, faria meu pai engolir aquele espanador.”

...

Josh e Zac não tiveram muitos problemas em casa. Sua mãe que naquele momento acabara de acordar, não perguntou nada à eles, nem por que estavam tão machucados ou por que haviam chegado tão tarde na noite passada. Apenas tomou um pouco de leite que ainda havia na geladeira e jogou alguns dólares sobre a mesa.
– Comprem algo para comer. – foi o que ela disse antes de trocar de roupa e se despedir.
– Pra onde você está indo, mãe? – perguntou Zac ao mesmo tempo em que tentava acompanhá-la. Josh ficou sentado na cadeira junto à mesa.
– Não é da sua conta. Fique com seu irmão e diga a ele que leve a roupa suja pra lavanderia.
Quando ela saiu, Zac ficou parado atrás da porta de tela observando-a, em seguida voltou à cozinha e sentou em uma cadeira ao lado da que seu irmão estava.
– Ainda bem que tenho você. – disse ele.

5 comentários:

Marcos Paulo disse...

desculpe a demora, gente...
minhas aulas na faculdade voltaram e agora tá beeeeem mais difícil postar capitulos
:/
não fiquem nervosos caso eu demore muito... muita gente tem me dito que eu devo desistir e me ocupar mais com a facul, mas escrever é o que eu gosto e não quero parar nunca!
Muuuuuuuuuuito obrigado pelo carinho de todos vocês!!

Marcos Paulo disse...

nuusaa nem um comentário Y_Y
me abandonaram

gezze disse...

ae brother...
aconpanho seus capitulos um
tempaum, conttinue postando
braçaum!!

Junior disse...

larga de ser dramático -.-

Maah disse...

Marcos paulo ta carente? :3

eu li ontem,soh q o monstro jurássico do meu pc travou bem na hora q eu ia fazer um coment's ¬¬

mais entaun...
[chata]soh 1 cap.?[/chata]
:~~